domingo, 11 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

CADÊ O MITO?, texto de Rica Perrone.


No micro-estádio cheio de grife, diante do menos falido dos clubes argentinos, os guerreiros do Flu foram a luta e nem tiveram que fazer grande esforço. Se apertassem, goleavam. Mas, com humildade, fizeram só o necessário, quando necessário, e sairam de lá com os 3 merecidos pontos.
Diante de 4 mil “malucos” tricolores que foram até a lenda Bombonera descobrir que, na real, não passa de um Sào Januário com grife.
Eu dizia durante a semana que “sem o mito”, dava Flu. Deu. Até porque, convenhamos, o fantasma mudou de cor.
Se alguém tem medo, hoje, é o Boca. O falido clube argentino deve olhar pro Fluminense como um velho pastor olha para um saudável pitbull.  E assim, sem grande talento, cheio de grife e camisa, o Boca evitou tomar mais do que 2×1.
Não foi um baile porque o Flu só jogou quando precisou. Quando na frente, cozinhava. Quando empatado, massacrava.
A tal torcida que canta o jogo todo parou pra assistir. São fregueses, não podem com o Tricolor.
Como um campeão, o Flu não tomou conhecimento do que tinha em volta. Tocou, tomou iniciativa, viu no seu goleiro toda segurança necessária para errar e no seu baixinho uma coragem incomum pra quem até outro dia era craque do Figueirense.
Caiu bem a camisa Tricolor no garoto. E quando cai, perdoe-me o Sobis, é pra usar.
Os pontapés, habito argentino pra ganhar jogos, não fizeram efeito. Experiente o time do Flu não caiu no joguinho mediocre deles e apanhou calado. Quando pode, sem o juiz ver, deu também. Afinal… é futebol e, como adoram dizer: “Libertadores é Libertadores”.
Digão, o zagueiro marrento, aquele que era esperança e por um momento virou deboche, hoje foi monstro.  Sequer baixou a cabeça diante de qualquer atacante de azul e amarelo.  Peitou, ganhou a maioria e não perdeu uma dividida.
Era dia de Messi, de Neymar, de futebol.  E assim sendo, naturalmente, era dia do Flu desbancar o falido mito em pleno “campinho com grife”.
“Ó, mas é o Boca!”. “Ai que medo do Boca”. “Jogar em La Bambonera é f…”.
Todos entendem isso. Menos o torcedor do Flu, por motivos óbvios.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

É CAMPEÃO! 'DANÇARINO' FRED FAZ DOIS, FLU VENCE O VASCO E LEVA A TAÇA GUANABARA


A dança esquisita de Fred para celebrar gols entrou em ação duas vezes na tarde deste  domingo, no Engenhão. O talento de Deco apareceu em outro lance e a festa do Fluminense ficou completa. O time soube se impor à base de velocidade e frieza, derrubou o Vasco por 3 a 1 e levou a Taça Guanabara. Eduardo Costa fez o gol cruz-maltino.
Mais do que o título do primeiro turno e a vaga na final do Campeonato Carioca, a vitória tem efeitos importantes no início de ano do Fluminense. Antes pressionado e até ameaçado de demissão, o técnico Abel Braga ganha força. O sistema ofensivo com Deco, Thiago Neves, Wellington Nem e Fred também. O quarteto teve ótima atuação no primeiro tempo e empolgou os torcedores.
Há também o lado das estatísticas. O Tricolor não vencia uma Taça Guanabara desde 1993 – 1 a 0 sobre o Volta Redonda, gol de Ézio. A taça deste domingo é a nona da história do clube. Por fim, o incômodo jejum de 12 clássicos sem vitória (seis empates e seis derrotas) também caiu.
Depois de sete vitórias seguidas no Estadual, o Vasco perdeu quando não podia. A atuação confusa do sistema defensivo e a falta de precisão de Diego Souza – ele errou duas cabeçadas fáceis e chutou uma bola na trave – custaram caro. No fim, com Dedé de centroavante, o time ensaiou uma pressão, mas foi em vão.
Fred thiago neves wellington nem fluminense gol vasco (Foto: andré Durão / Globoesporte.com)Fred ensina a dança esquisita para Thiago Neves e  Wellington Nem após gol do Fluminense
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
O Vasco estreia na Taça Rio contra o Bonsucesso, quarta-feira, em São Januário. A partida será às 19h30m. No mesmo dia, às 17h, o campeão Fluminense viaja a Volta Redonda para enfrentar o Resende.
Velocidade de Nem e esperteza de Deco: chaves da vantagem tricolor
O Fluminense iniciou a decisão com toques rápidos e bastante movimentação. Aos 20 segundos, o time reclamou de um impedimento assinalado de Wellington Nem – o jogador aparentemente estava na mesma linha do último defensor. Logo depois, com pouco mais de um minuto, Dedé passou por uma cena rara nos últimos meses. Misturando velocidade com técnica, Nem driblou facilmente o zagueiro vascaíno e entrou na área. Fred apareceu como opção, mas o atacante tricolor preferiu chutar – torto – para fora.
Por outro lado, o Vasco demorou a entrar no jogo. Revezando entre a ponta esquerda e direita, William Barbio inicialmente não conseguiu dar a mobilidade de jogos anteriores. Desta forma, a combinação Juninho e bola parada teve de entrar em ação para assustar o rival. O meia sobrou falta lateral, Diego Souza subiu livre e cabeceou muito perto da trave esquerda de Diego Cavalieri.
Mas o Fluminense prosseguiu mais perigoso. Thiago Neves deu um chute traiçoeiro e Fernando Prass salvou quase de manchete. Na chance seguinte, Wellington Nem recebeu de Deco, disputou com Fagner e rolou para Fred. Pressionado por Rodolfo, o capitão tricolor bateu por cima na entrada da pequena área.
Outro impedimento mal marcado chamou a atenção. Desta vez, a reclamação veio dos vascaínos. Alecsandro levantou para Fagner livre na área e o auxiliar parou a jogada erradamente. Na continuação, o lateral cabeceou, Cavalieri defendeu parcialmente e William Barbio, que poderia completar para o gol vazio, parou por causa do apito do árbitro Marcelo de Lima Henrique.
Barbio melhorou e levou consigo o Vasco. O atacante de 19 anos fez jogada rápida pela ponta esquerda, entrou na área, mas bateu longe da baliza. Aos 33, Alecsandro roubou de Carlinhos na ponta esquerda e rolou para Diego Souza. O meia entrou na área e chutou com força. A bola tocou na trave direita e voltou.
Quando a torcida do Vasco inflamou, o ligeiro Wellington Nem entrou na área e foi surpreendido por um carrinho de Fagner. Pênalti. Fred cobrou alto no canto direito – Prass pulou para o outro lado – e abriu o placar, aos 36.
Diego Souza teve a chance do troco instantâneo após cobrança de falta lateral de Juninho. O meia subiu na risca da pequena área, mas não cabeceou com firmeza e a bola saiu à direita da trave.
O Fluminense ampliou aos 42. Deco observou o posicionamento equivocado de Fernando Prass e chutou de longe. O camisa 1 vascaíno tentou voltar, mas era tarde demais e a bola entrou no canto direito.
- Percebi que ele saiu pensando que eu iria cruzar no segundo pau. Tentei chutar e dei sorte - disse Deco, no intervalo.
O segundo gol desnorteou o Vasco. Na jogada seguinte, Rodolfo errou primariamente um domínio, Thiago Neves o desarmou e entrou livre. Porém, a finalização rasteira foi para fora.
Dedé vira centroavante; Flu amplia
A desvantagem parcial obrigou o time cruz-maltino a lançar-se ao ataque na etapa final. William Barbio prosseguiu como a melhor opção. Mas foi pouco para incomodar. O Fluminense soube administrar e armou um belo contra-ataque aos 11. A bola foi de pé em pé até Thiago Neves passar para Fred finalizar rasteiro e marcar o terceiro.
Foi a senha para a torcida do Fluminense puxar o coro de “vice de novo”, que pontuou a rivalidade do Vasco com o Flamengo nos últimos anos. Em meio à festa, Diguinho quase fez o quarto em chute forte à esquerda da trave.
Dedé largou a defesa e passou a jogar como centroavante. Diante de tanta desorganização, o time tricolor insistiu nos contragolpes. Wellington Nem entrou livre, mas tentou driblar Prass e se enrolou.
O Vasco teve chance de diminuir o prejuízo. Juninho chutou forte e Cavalieri espalmou no canto esquerdo. Depois, Leandro Euzébio salvou um cruzamento perigoso de Thiago Feltri.

Os tricolores não se preocuparam e começaram a gritar "é campeão" aos 35 minutos do segundo tempo. Mas Eduardo Costa tratou de esfriar o grito. Ele cabeceou com força aos 38 e diminuiu.

No lance seguinte, Dedé quase deu dramaticidade ao jogo. Ele subiu e cabeceou na trave direita. A pressão final prosseguiu, mas àquela altura boa parte dos vascaínos que foram ao estádio tinham ido embora. Kim chutou rasteiro para fora aos 40. Logo depois, Diego Cavalieri fez duas defesas espetaculares em chutes de Diego Souza e Alecsandro dentro da pequena área.
 

Clima de final




header as escalações 2
Vasco: o técnico Cristóvão Borges mais uma vez preferiu não confirmar qual será a escalação. No entanto, a vitória sobre o Flamengo na semifinal aponta para a repetição do time. Com isso, Felipe deve ser mantido entre os reservas, com Juninho Pernambucano atuando como titular. O Vasco deverá ter a seguinte formação: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Nilton, Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Wiliam Barbio e Alecsandro.
Fluminense: o time deve ter apenas uma mudança em relação à equipe que derrotou o Botafogo nos pênaltis na semifinal. Após sofrer uma pancada no pé direito, o volante Edinho está fora da partida. Deve ser substituído por Valencia ou Jean. A equipe irá a campo com a seguinte formação: Diego Cavalieri, Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Valencia (Jean), Diguinho, Deco e Thiago Neves; Wellington Nem e Fred. 


quem esta fora (Foto: arte esporte)
Vasco: o atacante Eder Luis recupera a forma após sofrer uma cirurgia no pé esquerdo. O meio-campo Allan ainda sente os efeitos de um estiramento muscular, e o volante Romulo, que tem um edema ósseo no pé direito, não tem previsão de retorno.
Fluminense: o volante Edinho, sentindo dores no pé direito, e o atacante Araújo, com dores na coxa esquerda, estão fora da partida. 


header fique de olho 2
Vasco:
 Wiliam Barbio começou a se destacar na temporada por sua atuação na vitória do Vasco sobre o Fluminense na primeira fase da Taça Guanabara. Neste domingo, o atacante de 19 anos deve ser titular e novamente uma importante arma ofensiva.
Fluminense: acostumado a marcar gols em clássicos, o apoiador Thiago Neves vem recuperando a sua forma física a cada partida e já é um destaques do Fluminense no Campeonato Carioca.


header o que eles disseram

Cristóvão Borges, técnico do Vasco: “Lógico que, apesar da vitória, temos algumas coisas a corrigir em relação ao último jogo. Os detalhes fazem a diferença. Ainda mais numa partida em que o equilíbrio será total
Abel Braga, técnico do Fluminense: “Não vemos a hora de encerrar esse jejum (em clássicos) e estivemos muito perto da vitória no último jogo, mas o Vasco não perdoa. Eles tiveram três chances contra o Flamengo e fizeram dois gols. Contra nós foi a mesma história. O aproveitamento é muito bom"

header números e curiosidades

* Quem tem vantagem em Campeonatos Cariocas? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* Empate tem sido o resultado mais comum no retrospecto recente deste clássico - foram 13 nos últimos 20 jogos.
* Em 1994, Vasco e Fluminense decidiram a Taça Guanabara pela última vez em um confronto direto. No dia 3 de abril, o time cruz-maltino goleou por 4 a 1, no Maracanã com gols de Pimentel, Valdir (dois) e Yan. Ézio marcou para o Tricolor.
* O Vasco tem a oportunidade de repetir o feito do Botafogo, que em 1997 conquistou a Taça Guanabara ganhando todos os jogos.
 
header último confronto v2
Vasco e Fluminense se enfrentaram pela última vez há apenas 14 dias. Pela sexta rodada da Taça Guanabara, o time da Colina, que estava envolvido em problemas com salários atrasados e havia sido derrotado na estreia na Libertadores, deu a volta por cima e bateu o Tricolor de virada, por 2 a 1. O resultado garantiu o time antecipadamente na semifinal do turno e complicou a situação do rival. Alecsandro marcou os dois gols cruz-maltinos. Thiago Neves fez o do Flu.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Fator Dedé preocupa o Flu antes da grande final: 'É um absurdo', diz Abel


Atuação perfeita do zagueiro vascaíno contra o Flamengo é lembrada pelo treinador, que também elogia Anderson: 'Acertamos em cheio na contratação'


Além do Vasco, o Fluminense terá de superar outro grande obstáculo na luta pela conquista da Taça Guanabara de 2012. Destaque da semifinal diante do Flamengo, na qual conseguiu 16 desarmes e não cometeu falta alguma, Dedé já preocupa o técnico Abel Braga antes mesmo de a bola rolar. Ex-zagueiro, Abelão rasgou elogios ao adversário mais uma vez e apostou no jogador como integrante da Seleção Brasileira na Copa de 2014.
Dedé no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Dedé foi muito elogiado pelo técnico Abel Braga (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)
- Dedé é um absurdo. Com certeza será o zagueiro central da Seleção na próxima Copa. Não dá para acreditar em um jogador que fica seis ou sete vezes no mano a mano com o Vagner Love e ganha todas. Foram 16 desarmes e nenhuma falta. O momento dele é excepcional - resumiu o treinador tricolor, que fez questão também de elogiar o tricolor Anderson.
- Já tinha recebido informações positivas do PC Gusmão, que o comandou no Ceará e no Atlético-GO. Na pré-temporada eu já tinha dito para a diretoria que acertamos em cheio na contratação. É um jogador sério, rápido e que está começando a encontrar o melhor entrosamento com o Leandro Euzébio. Fiquei muito feliz pela atuação segura dos dois contra o Botafogo. A responsabilidade sempre recai sobre eles quando, na verdade, é de todo o time. Defendo porque fui zagueiro e sei bem como funciona.
Dedé e Anderson: amizade desde o Volta Redonda
Curiosamente, Dedé e Anderson são grandes amigos desde os tempos de Volta Redonda. Os dois defenderam a equipe da Cidade do Aço em 2007. O vascaíno era apenas uma promessa e o Tricolor já buscava seu espaço em uma equipe maior.
- Fico muito feliz por vê-lo nesse bom momento, não só no Vasco, mas também na Seleção. Fizemos uma amizade boa no Volta Redonda. Era uma época difícil, mas hoje, graças a Deus, os dois estão bem. O passado ajuda a crescer e serve como estímulo. Tenho certeza de que o Dedé ainda fará muito sucesso - disse Anderson.
No Voltaço, porém, o Mito de São Januário era um jogador discreto, segundo o jogador do Flu.
- Naquela época ele não chamava muita atenção. Era muito novo. Fomos campeões da Copa Rio de 2007 juntos, mas o Dedé quase não teve oportunidades. A zaga era formada por mim e pelo Alemão. Eu sempre falava para ele ter paciência que sua hora chegaria. Dedé é merecedor de tudo o que está acontecendo. Sempre trocamos a camisa quando nos enfrentamos. Torço muito por ele.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Flu quebra escrita e volta a vencer nos pênaltis após quase quatro anos


Último triunfo nessa forma de disputa havia sido em abril de 2008 sobre o Vasco na semifinal da Taça Rio; Série contava com quatro derrotas seguidas



Além de voltar à final da Taça Guanabara após oito anos (a última decisão foi em 2004, contra o Flamengo, e o último título em 1993), o Fluminense derrubou uma escrita na noite da última quinta-feira. A vitória nos pênaltis por 4 a 3 sobre o Botafogo (veja as cobranças no vídeo ao lado) acabou com a série negativa de quatro derrotas nesse tipo de disputa. A última vitória tricolor havia sido há quase quatro anos, na semifinal da Taça Rio de 2008. Confira as estatísticas abaixo:
12/04/2008 - Vasco 1 (4) x (5) 1 Fluminense - Taça Rio - Maracanã
02/07/2008 - Fluminense 3 (1) x  (3) 1 LDU-EQU - Libertadores - Maracanã
13/02/2010 - Fluminense 0 (5) x (6) 0 Vasco - Taça Guanabara - Maracanã 
19/02/2011 - Fluminense 2 (2) x (4) 2 Boavista - Taça Guanabara - Engenhão 
24/04/2011 - Fluminense 1 (4) x (5) 1 Flamengo - Taça Rio - Engenhão
23/02/2012 - Botafogo 1 (3) x (4) 1 Fluminense - Taça Guanabara - Engenhão
O elenco do Fluminense se reapresenta nesta sexta-feira, às 16h30m (de Brasília), nas Laranjeiras, já de olho na decisão da Taça Guanabara. A partida diante do Vasco será no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Flu e Bota duelam para decidir a Taça GB


Clássico Vovô volta a ser decisivo após dois anos, e Tricolor tenta deixar freguesia recente para trás. Clubes vivem 'gangorra' há quase um ano


montagem Fred Fluminense Loco Abreu Botafogo (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
O passaporte para a final contra o Vasco, domingo, tem local, data e hora marcados: a partir das 21h (de Brasília) desta quinta-feira, no Engenhão, Botafogo e Fluminense vão a campo para tentar pôr uma pedra, ao menos momentaneamente, num longo período de "gangorra". Desde 2011, os clubes vivem em altos e baixos, o que torna o Clássico Vovô ainda mais imprevisível. E a vantagem moral que o Alvinegro poderia ter é ignorada por ambas as partes: nos últimos quatro jogos decisivos, quem riu por último foi o time de General Severiano, além de, no palco do duelo, a equipe de Abel Braga não ter vencido o rival ainda - em sete partidas desde 2007. 
Até o início do segundo turno do Brasileirão passado, o Botafogo estava na crista da onda, e o Flu, em baixa, longe dos holofotes. O panorama mudou no fim da temporada, e só Fred e companhia foram à Libertadores. Muito badalado, o Tricolor, desta vez, não embalou e se classificou para as semifinais a duras penas. Pelas beiradas, por sua vez, o Glorioso cresceu na fase de grupos da Taça Guanabara e vive seu momento de aparente estabilidade.
- É a chance que esperávamos. Terminamos 2011 em alta e não começamos bem agora. O que importa é que nos classificamos e é decisão. Quem errar menos chegará à final. Temos que esquecer a fase de grupos e pensar nisso - disse o atacante Fred, capitão de um time completo e sem mistério.
- Independentemente do momento que as equipes passam, agora zerou. Acho que ninguém chega em melhor condição num jogo desse. Mas é claro que, apesar do respeito, vamos buscar aproveitar o que temos feito de melhor, a confiança é grande. E lembrar bons momentos de 2011 faz bem - acredita o goleiro Jefferson, personagem certo no suspense de Oswaldo de Oliveira.
O árbitro será Péricles Bassols Cortez, auxiliado por Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Santos. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida semifinal em tempo real, com vídeos exclusivos. E o canal Premiere transmite ao vivo, no sistema pay-per-view.


header as escalações 2
Fluminense: Abel Braga escala a equipe que considera ideal. Após serem poupados na última rodada, Leandro Euzébio e Deco voltam ao time. Fora do último treinamento em função de um cansaço muscular, Wellington Nem não é problema e está confirmado no ataque ao lado de Fred. O Fluminense entra em campo com: Diego Cavalieri, Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Deco e Thiago Neves; Wellington Nem e Fred. 
Botafogo: no sistema defensivo, não há dúvidas ou mudanças em relação à formação escolhida desde o princípio do ano. Mas o setor ofensivo é alvo de mistério pela comissão técnica. Com Andrezinho e Loco Abreu confirmados, Felipe Menezes e Herrera disputam a vaga de Maicosuel, suspenso. Com o argentino, haveria uma pequena movimentação tática no esquema 4-2-3-1. O time, então, será Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Andrezinho, Ellkeson e Felipe Menezes (Herrera); Loco Abreu.

quem esta fora (Foto: arte esporte)

Fluminense: O Fluminense não tem qualquer problema por lesão ou suspensão no time titular. O grupo está completo para a semifinal da Taça Guanabara.
Botafogo: Suspenso por três cartões amarelos e com lesão na coxa direita, Maicosuel está fora. A gravidade do problema ainda será divulgada pelo clube. Andrezinho joga, apesar de não ter feito treino coletivo depois dos jogos em que foi vetado, por dores na coxa direita também. E Loco Abreu é outro que não deve ficar fora, ainda que tenha sido diagnosticado com estiramento de grau 2 (médio) há somente seis dias. O meia Cidinho não deve ocupar o banco, pois vem sentindo dores na perna há três dias. Além deles, Fellype Gabriel e Jobson não estão inscritos só jogam a partir da Taça Rio.


header fique de olho 2
Fluminense: Titular nos dois últimos jogos, Wellington Nem conquistou seu espaço no time tricolor com grandes atuações dando mais velocidade e mobilidade ao ataque. Nesta quinta-feira, o jovem atacante encara sua primeira partida decisiva como profissional do Tricolor. Será um bom teste para saber se ele irá aguentar a pressão de uma semifinal.
Botafogo: A dupla Andrezinho e Loco Abreu, se confirmada em campo, é a esperança ofensiva do Alvinegro, mas entra em cena com alguma insegurança pelas lesões na coxa direita recentes. É preciso checar as condições reais de cada um quando o jogo apertar. Se estiverem bem, podem desequilibrar. O uruguaio já tem cinco gols no Carioca, e o camisa 10 vinha crescendo, tendo acertado duas bolas na trave do Flamengo, há duas semanas e meia.

header o que eles disseram
Abel Braga, técnico do Fluminense: "Vamos sem surpresas. Deco volta e sai o Araújo. Mas não deixaremos de ser ofensivos. Decisão é um jogo de detalhes. Temos de saber ocupar bem os espaços. O Botafogo tem uma saída de bola muito rápida e isso pode nos atrapalhar. O time deles tem muita velocidade nas laterais e o Andrezinho, que é um exímio lançador. É preciso ter cuidado. Mas eles terão conosco também. Temos Nem, Fred, Deco, Thiago Neves... Tem tudo para ser um grande jogo. Espero ficar feliz nesta quinta-feira. A rapaziada merece. Temos de dar sempre um pouco mais daquilo que é possível" 
Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo: “Um jogo difícil, o nosso maior desafio até aqui. É impossível fazer qualquer previsão, depende dos ânimos, do desempenho no início de cada um. Estamos preparados e confiantes, mas vamos enfrentar um elenco vasto e qualificado. O Fluminense tem muitas formas de jogar e jogadores decisivos, respeito isso tudo num adversário. Ainda não é, mas tem tudo para ser o time a ser batido no futuro"