quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Flu sofre a virada para o Boavista no fim com dois gols de Somália

No segundo jogo dos titulares, folclórico atacante marca duas vezes, faz as famosas dancinhas e surpreende o time tricolor a poucos dias da Libertadores

A pequena torcida no Raulino de Oliveira - foram apenas 1.358 pagantes e 2.784 presentes para uma renda de R$ 23.865 - esperava o sonhado show do estrelado time titular do Fluminense. No entanto, o que se viu em campo não foi nada perto disso. Pelo contrário. Em uma atuação abaixo do esperado, o Tricolor foi surpreendido e saiu derrotado pelo Boavista por 2 a 1, frustrando a expectativa dos torcedores. O gol foi marcado por Deco após um vacilo da zaga do clube de Bacaxá, que virou no fim do segundo tempo com dois gols do folclórico atacante Somália, que lançou as suas já famosas dancinhas.

Este foi o segundo jogo dos titulares do Fluminense. Agora, os jogadores vão descansar na próxima rodada para se preparar intensivamente para a estreia na Libertadores, na próxima terça-feira, contra o Arsenal, da Argentina, no Engenhão. A derrota fez com que o Fluminense caísse para a terceira colocação, com os mesmos seis pontos. Já o Boavista chegou aos sete, ultrapassou o Fluminense e chegou na fase de classificação para as semifinais da Taça Guanabara.

Pelo Carioca, o Fluminense volta a entrar em campo no próximo sábado, novamente no Raulino de Oliveira, diante do Duque de Caxias, às 17h (de Brasília). O Boavista pega o Volta Redonda, no domingo, em Bacaxá, também às 17h (de Brasília).

Flu toma iniciativa e Deco marca seu terceiro gol pelo clube




O Fluminense começou a partida cadenciando, estudando o Boavista, que veio bastante fechado. A proposta do clube de Bacaxá era tentar sair imprimindo velocidade nos contra-ataques. Aos poucos, o time tricolor foi comandando as ações da partida. E foi assim que chegou até primeira chance concreta de gol. Diguinho e Rafael Sóbis tabelaram, e a bola sobrou para Fred chutar no meio do gol.
A postura defensiva do Boavista dificultava e muito as ações do Fluminense. Assim como já havia acontecido diante do Volta Redonda na segunda rodada do Carioca, a dupla de armadores formada por Wagner e Deco tinha de recuar a todo instante para iniciar as jogadas. Com a bola nos pés, encontravam um time bem postado, que atrapalhava a criação.
A solução era tentar as jogadas pelas laterais. Bruno mostrava certa timidez ofensiva, o que fez com que o time priorizasse os avanços de Carlinhos. Foi dos pés do lateral-esquerdo que surgiu outra boa oportunidade. Ele cruzou na medida para Fred, que acabou cabeceando errado o que poderia ser o primeiro gol. As poucas investidas no ataque por parte do Boavista eram puxadas pelo lateral Sheslon e pelo apoiador Fabiano Gadelha. Foi deste, inclusive, o lance de maior perigo do Boavista no primeiro tempo. André Luís cruzou, e ele acabou se atrapalhando na cara do goleiro Diego Cavalieri.
Apesar das tentativas constantes, o gol do Fluminense saiu em um lance isolado e, no mínimo, curioso. Bruno avançou e cruzou buscando Deco. Fábio Braz, velho conhecido do futebol carioca, cortou, mas a bola acabou batendo nas costas do companheiro de zaga e sobrando limpa para Deco dominar e abrir o placar marcando o seu primeiro gol na temporada, terceiro com a camisa tricolor.
O gol animou o Fluminense, que se lançou ainda mais ao ataque. A defesa do Boavista sentiu e deixou mais espaços para os avanços. Foram duas boas oportunidades para ampliar, uma novamente com Deco, finalizando de peito, algo que ele costuma fazer nos treinos, e a outra com Wagner após tabela da dupla Fred e Rafael Sóbis.

Flu começa bem, mas sofre a virada no fim

O Fluminense voltou com a mesma postura ofensiva, disposto a ampliar e definir a partida. Mas o ímpeto durou apenas dez minutos. Depois, o time esbarrou na postura defensiva do rival. Alfredo Sampaio, técnico do Boavista, acabou chamando atenção ao substituir Lenny. O atacante revelado em Xerém havia entrado no fim do primeiro tempo para tentar dar mais velocidade ao time. No entanto, a falta de ritmo de jogo em função da lesão que sofreu no ano passado ficou tão nítida que ele foi sacado na etapa final.
Também querendo chacoalhar o seu time e dar novas opções, Abel Braga lançou Wellington Nem no lugar de Rafael Sóbis, que, apesar do esforço, teve atuação discreta na noite desta quarta-feira. Em seguida, sacou Deco para a entrada de Souza, e Araújo no lugar de Wagner.
As mudanças não surtiram efeito. Pelo contrário. O time tricolor viu o Boavista crescer cada vez mais na partida. Romarinho, que havia entrado no lugar de Gadelha, dava trabalho aos defensores do Flu. E de tanto insistir veio o empate. O Boavista puxou um contra-ataque veloz, que começou com o goleiro Thiago defendendo chute de Fred. A bola foi de pé em pé até chegar em Romarinho, que cruzou na medida para Somália, outro ex-tricolor, empatar de cabeça.
O Fluminense acordou, tentou de tudo retomar a vitória, mas acabou surpreendido novamente. Em outro contragolpe, Somália sofreu pênalti claro de Diguinho. Na cobrança, o próprio atacante bateu sem chances para Diego Cavalieri e sacramentou a virada.

Fonte: GloboEsporte.com

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